“Crianças precisam de encorajamento, assim como as plantas precisam de água. Elas não podem sobreviver sem isso”
Rudolf Dreikurs
A saúde emocional da criança depende de encorajamento. A autoestima da criança se fortalece com o encorajamento. As conquistas pessoais do adulto são diretamente favorecidas pela autoconfiança. Por isso, dependem de encorajamento.
Sabe quando seu filho começa a não atender àquelas expectativas, quando ele começa a se comportar em muitos momentos de maneira que te desafia e te incomoda?
Pois é… É muito comum que, ao invés de encorajarmos as crianças, nesse momento a gente comece a repreendê-las, a corrigi-las ou a rotulá-las… coisas como preguiçoso, bagunceiro, atrapalhado. Não é mesmo?
Isso na verdade é péssimo. Ao invés de fortalecer a autoconfiança dos nossos filhos, a gente faz com que eles se enquadrem dentro desse rótulo, dentro dessa caixinha que a gente nomeou pra eles, e correspondam ainda mais ao que diz aquele rótulo.
Então, ao invés de fortalecer o malcomportamento a partir dos “rótulos”, nós vamos encorajar a criança a fazer aquilo que esperamos que ela faça. Por exemplo, “eu confio que você conseguirá manter seu quarto organizado durante esta semana”, “eu acredito que você vai acordar no horário certo amanhã”. Assim, fortalecemos a nossa confiança nas crianças mais, mais e mais, ao contrário do que acontece quando dizemos: “eu não posso confiar em você!”, “nada do que eu te peço você faz!”.
Não é verdade que a gente utiliza muito regularmente esse tipo de diálogo com as crianças? E ele não ajuda em nada. Uma outra coisa muito comum são mamães e papais superprotetores que, ao invés de permitir, de demonstrar confiança na capacidade da criança, começam a impedir que ela tenha a autonomia de praticar, de aprender a desenvolver uma habilidade nova por conta própria e começam a fazer as coisas pela criança.
Por exemplo, uma mãe muito controladora vai ter dificuldade de ver sua criança se sujar enquanto está se alimentado. Pode ser que esteja perto do horário de ir para a escola, a criança está uniformizada e a mãe não quer que ela se suje, mas não teve o cuidado de antecipar o almoço para deixar que esse processo aconteça naturalmente.
Para que a gente desenvolva uma habilidade, é necessário prática. Então, é preciso se libertar desse controle e demonstrar confiança na capacidade dessa criança e permitir que ela explore, que ela suje, que ela erre, até que ela seja capaz de desenvolver de forma precisa e com maestria uma ação e posteriormente uma habilidade de vida.
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